domingo, 15 de maio de 2011

Pedido ao Tempo

Peço que largue mão de passar tão rápido aos fins de semana. Domingo a noite, que quando aponta, já anuncia que a segunda começa presa por uma corrente, que arrasta o peso das coisas que se fazem por obrigação.

De querer dar tanto valor a saudade, fazendo com que cada segundo longe de quem se gosta pareça tanto...  tanto... tempo.

Pode o tempo não querer ouvir o meu pedido, e dar de ombros com a minha insatisfação.



O que me força a ser mesquinho e, só de sacanagem (parafraseando Elisa Lucinda), agir diferente.



Vou fazer com que minha manhã de segunda-feira seja diferente! EU vou dar de ombros ao que alimenta sua "vagarosidade".

Vou procurar oportunidades em cada coisa que eu fizer, por mais banal ou "desinteressante" que possa parecer.

Dar o devido valor a vida, assumindo a minha responsabilidade de estar inteiro em cada instante.



Esteja preparado para isso! Estou deixando de me eximir da minha culpa em ficar aguardando que você se multiplique.

Sua chacota está com os dias contados!

Vou aprender o que puder com Pollyana.



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Não sei porque escrevi isso. Foi inspirado por tanta coisa.

Meus amigos e minha família que me dão tanta saudade...
Este bendito fim de semana que passa rápido...
Ao Caetano Veloso, do qual estão tentando me fazer um ouvinte (não é Carla?)...
A Elisa Lucinda com seu manifesto particular...
E ao Machado de Assis, que escreveu

"Nós matamos o tempo, mas ele nos enterra."


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P.S.:  Por favor, fique a vontade de complementar ou alterar o texto. Para isso, utilize os comentários!

4 comentários:

  1. ADOREI!! Você é bonzinho e sensível! =)

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  2. Quem pensa que a distância faz esquecer, esquece que a saudade faz lembrar.

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  3. Subnutrido de beleza, meu cachorro-poema vai farejando poesia em tudo, pois nunca se sabe quanto tesouro andará desperdiçado por aí...
    Quanto filhotinho de estrela atirado no lixo
    Mário Quintana
    p.s: deveria escrever mais...

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  4. Obrigada por compartilhar, eu simplesente amei o casamento das palavras e, nota-se que é um texto completamente atemporal, Rafa. :)

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